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A esta 16ª edição do Festival “O Gesto Orelhudo” associa-se o advento de um novo equipamento cultural na cidade: o Centro de Artes de Águeda. A história de múltiplas edições na mítica tenda do Espaço d’Orfeu, com uma ou outra incursão por diferentes locais, não se escreveu sem o longo suspiro por condições logísticas e técnicas que permitissem cumprir novos desígnios, na afirmação de um festival conhecido por deixar toda a gente de orelhas no ar. E eis que as grandes noites orelhudas vão acontecer no CAA.

Mas também o Espaço d'Orfeu, com a nova Latada preparada para renovadas dinâmicas, vai receber um bloco importante da programação do festival. Os fins-de-tarde, no intimismo daquela fachada interior, prometem belos momentos orelhudos com espetáculos transdisciplinares de grande sensibilidade.

Neste O Gesto Orelhudo, tudo vai cheirar a novo!

Numa coprodução com o Município de Águeda / Centro de Artes de Águeda, a d’Orfeu AC apresenta um programa recheado de bons motivos para que o festival se sinta na cidade e para que o público se sinta cada vez mais orelhudo. Vamos viver o 16º e deixar Águeda com as orelhas a arder.

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Programa

Quarta 4 outubro

18h00 | Centro de Artes de Águeda

Conversa Humor VS Música

Começa pelos cotovelos esta edição do festival mais orelhudo do país. À mesa, conversando e refletindo animadamente sobre a ideia de fundir humor e música, sintonizando espetadores e artistas em torno do conceito musicomédia. É um músico que representa? É um cómico que toca? Uma coisa ou a outra ou ambas ou nenhuma? Não se esperam conclusões, como é próprio da discussão dos grandes temas. Sendo só o início, o ponto de interrogação é mais musicómico que o ponto final.

Carlos Vidal, Herman José, Bruno Aleixo, Jorge Serafim e outros convidados

Participação livre.

21h30 | Centro de Artes de Águeda

Tia Graça - Toda a gente devia ter uma

d'Orfeu AC

Nunca aprendeu uma nota de música do tamanho de um comboio. Nem ela nem nenhuma mulher lá de casa. Pelo contrário, todos os homens da família são músicos. Hoje, viajada e muito vivida, a Tia Graça está surda que nem uma porta. O que, numa família destas, tem muita graça. Este é um espetáculo músico-teatral, matriz criativa da d’Orfeu AC, que retrata os temas da velhice com humor e a necessária ternura. O inusitado trio de sopros que acompanha as canções originais do espetáculo reflete o ambiente filarmónico em que vive esta mulher, que mais parece tia de toda a gente.

M/12


One (Her)man Show

Herman José

O “tio” Herman chega a um palco que tem tudo a ver com ele: o verdadeiro artista é-o mais ainda n’O Gesto Orelhudo. Além de todos os talentos, Herman José é um músico nato, poucos têm o seu poder expressivo em cima de uma canção. Essa capacidade associada aos bonecos que todos conhecemos faz dele um musicómico de eleição. Homem televisivo que nunca quis perder contacto com as plateias de carne e osso, o mestre da comédia traz hilariantes ‘estórias’ de carreira e uma desconcertante capacidade de improviso. Seja muitíssimo bem-vindo, para fechar a noite de abertura, senhor feliz.

M/12



Quinta 5 outubro

18h30 | Espaço d'Orfeu - Latada

Lavoisier

Tal como na natureza, também na música nada se perde, tudo se transforma. A inspiração da frase, do autor homónimo deste projeto, dá espaço a uma performance de voz e guitarra completamente orgânica. Lavoisier é atenção plena a cada melodia, a cada verso. É na simplicidade dos recursos que se dá a redenção das canções. Menos é mais. No aconchego da Latada, Lavoisier chegará aos ouvidos num registo belo e sensível. Um projeto musical contemporâneo com as mãos cravadas na terra.

M/12


21h30 | Centro de Artes de Águeda

Salto Vocale

Bernard Massuir (Bélgica)

O novíssimo espetáculo de um velho conhecido. Em permanente jogo com o espetador, o performer belga apresenta um incrível recital vocal a solo. Com Massuir, há o costume: voz, voz e voz. Além do corpo, sempre o corpo, como extensão do que lhe sai da boca. E um delicioso humor musical. Dono de uma voz mirabolante, numa exploração sem limites, iremos por onde a sua criatividade nos levar, de riso sempre pronto. Na sua quinta passagem por Águeda e pelo festival, de novidade em novidade e em novo palco, Salto Vocale é garantia de nova rendição completa do público orelhudo.

M/6


The Ukelele Orchestra of Great Britain

Reino Unido

Chegam com o seu humilde ukulele, esse pequeno e irresistível instrumento de cordas, sentam-se em semi-círculo e quase ombro a ombro, acreditando que todos os géneros de música estão disponíveis para a paródia. Dá-se uma sucessão desenfreada de êxitos universais revirados do avesso. Nesta prodigiosa diversão com ares de séria, demonstra-se que um alto e refinado gosto musical não é incompatível com versões acústicas de rock, punk ou heavy metal. Com estes britânicos descobre-se no ukulele um instrumento de vanguarda. E no absurdo musical um caminho sem igual para o riso.

M/6


Sexta 6 outubro

18h30 | Espaço d'Orfeu - Latada

Cantares do Sul e da Utopia

Há Lobos Sem Ser na Serra

Três músicos juntam-se à volta das modas e canções que celebram a utopia e cantam esse imenso território poético que é o Alentejo. Na exploração contemporânea das sonoridades do cante polifónico alentejano e das violas campaniças, este espetáculo multidisciplinar apresenta um repertório com muita alma e liberdade. À música junta-se o desenho de ilustração ao vivo, em tempo real, dando mais leituras e sentidos ao espetáculo. Uma viagem ao sul, nas asas de uma tradição reinventada.

M/12

21h30 | Centro de Artes de Águeda

The Melting Pot Pourri

Los Excéntricos (França / Catalunha)

Estes três artistas do mundo levam trinta anos a fazer e desfazer as malas, viajando com os seus espetáculos. Comediantes, músicos e malabaristas, formam um trio de palhaços atípicos, poéticos e surrealistas que renova a figura do clown numa mescla de modernidade e classicismo. Em “The Melting Pot Pourri” os três artistas compilam o melhor da sua carreira, com talento, humor, expressão gestual e grande destreza musical. Com a ternura circense e uma avalanche de sorrisos, estas excêntricas personagens trazem consigo o incontido prazer de emocionar o público.

M/6


Desconcerto

Clarinetes Adlibitum

Quatro clarinetistas extraordinários pulam a cerca do clássico e aventuram--se numa performance de tirar o fôlego. Não é uma peça de teatro nem é um concerto. É um sopro circense à volta do mundo e das suas músicas. Mais um salto, mais uma voltinha. Como é possível tocar tanto sem parar e respirar? Ao fim de vários anos, este coletivo português regressa ao festival para apresentar “Desconcerto”, diversão musical teatralizada para quarteto de clarinetes e um percussionista. Um projeto nacional de grande qualidade a aplaudir, uma e outra vez, no palco mais orelhudo.

M/6


Sábado 7 outubro

18h30 | Espaço d'Orfeu - Latada

Esta Gravata Não Combina Com A Cor Das Meias

José Valente

A irreverência, virtuosismo e contemporaneidade da viola d’arco de José Valente vão sobrevoar o público deste concerto. Dotado de uma linguagem única, o premiado violetista explora os limites do seu instrumento. Com tanto de acústico como de tecnológico e experimental, a performance deste músico faz uma simbiose de estilos, recorrendo ao uso de pedais de processamento de efeitos, criando atmosferas raramente associáveis ao seu instrumento. A descobrir de orelhas bem abertas.

M/12


21h30 | Centro de Artes de Águeda

Bonecos de Santo Aleixo

CENDREV - Centro Dramático de Évora

É surpreendente a magia destes pequenos títeres de madeira quando dançam e saltam, como molas, no iluminado retábulo de madeira. Todo o espetáculo acontece à luz de candeias de azeite, sem qualquer recurso a meios técnicos. Estas marionetas seculares são manipuladas através de varetas e conseguem, na penumbra da sala, recriar pitorescas figuras e diálogos caricatos. Às vozes dos manipuladores junta-se a guitarra portuguesa tocada ao vivo. Os Bonecos de Santo Aleixo têm origem na aldeia que lhes deu nome mas atuam por todo o mundo. Ei-los agora n’O Gesto Orelhudo.

M/6


A Sbornia Kontratacka

Hique Gomez (Brasil)

Quem assistiu à passagem da incrível dupla brasileira “Tangos & Tragédias” há uns anos por Portugal (inclusive n’O Gesto Orelhudo), guarda na memória os excêntricos musicómicos que diziam vir de um país chamado Sbornia. Hique Gomez homenageia o colega Nico Nicolaiewski, prematuramente desaparecido, com a sequela daquele aclamado espetáculo. Hique continua o mesmo extravagante personagem, tocando violino de cabelos em pé e olhos expressivos. Música, humor e interação plena com o público, na continuação da saga sborniana. Grande encerramento em perspetiva!

M/6


Bilhetes

BILHETES*

Passe Orelhudo: 20€
Bilhete diário (21h30): 9€ (ambos os espetáculos @ CAA)
Bilhete Latada (18h30): 4€ (ou gratuito com Bilhete Diário ou Passe Orelhudo)

*desconto 50% para portadores Cartão d’Orfeu ou <12 anos.

Entrada livre na Conversa de abertura a 4 outubro 18h00 @ CAA.

ONDE COMPRAR:

Espaço d'Orfeu

segunda a sexta: 10h-12h e 15h-18h
e 1 hora antes dos espetáculos Latada

Centro de Artes de Águeda

terça a sábado: 10h-19h domingo: 14h-18h
e 2 horas antes dos espetáculos CAA

na bilheteira online

centroartesagueda.bol.pt


Lotação limitada em todos os espetáculos (80 lugares @ Latada / 596 lugares @ CAA).

Não é permitida a entrada de crianças menores de 3 anos, e desaconselha-se a entrada de crianças de idade inferior à classificação etária recomendada para cada espetáculo.

Adesões antecipadamente no Espaço d’Orfeu ou, durante o festival, na Banquinha Orelhuda.
Para quem já é Amigo d’Orfeu, a validade é prolongada.

Vantagens:

• 50% desconto nos eventos d'Orfeu (durante 1 ou 3 anos)
já aplicável aos bilhetes do 16º Festival “O Gesto Orelhudo”

oferta de brinde d’Orfeu à escolha na Banquinha Orelhuda
merchadising, CDs, etc (adesão 1 ano: 1 brinde / adesão 3 anos: 2 brindes)

mais info: dorfeu.pt/amigosdorfeu