Fausto Ferreira
6 Outubro 2011
Abriu a segunda noite do Festival da melhor forma.
Os músicos começaram a tocar tambores e caixas fora do edifício, entrando na sala pela entrada do público surpreendido e ansioso por ver o que ouvia. O ritmo dos tambores não abrandou e no palco os artistas aplicaram-se nos seus instrumentos originais com o mesmo vigor empregado anteriormente nos tambores. Logo a seguir, o diseur José Rui Martins lê um texto cómico sobre um bode que chega a trabalhador do Ministério das Finanças. Texto esse bastante actual com referências à troika, a Isaltino Morais e a Alberto João Jardim, entre outros. Este espectáculo tem o nome de “A Côr da Língua”, mas claramente um texto assim é de “Soltar a Língua”, um espectáculo anterior do Trigo Limpo Teatro ACERT que também passou por Águeda, tal como tantas outras criações desta companhia.
Os momentos mais musicais alternavam-se com textos lidos (alguns a solo), tendo havido espaço para a flautista mostrar que cantava tão bem como tocava flauta, entre um texto divertido sobre pobres e ricos e outro engraçado sobre um padre que tinha metido água na vodka e não vodka na água como lhe tinha aconselhado o arcebispo. Pelo meio, uma canção cheia de swing com bons solos de percussão e contrabaixo (isto quando os alegres coros não cantavam). E um texto sobre bois e os seus sons derivados como o boi que passa a noite na “boiâte” a ser um “boiémio” e por isso quando chega a casa a vaca faz boicote. Perto do fim, José Rui Martins diz que é bom estar em casa (a lembrar toda a amizade entre associações) e enaltece esta “encubadora de projectos” (pelas cubas de vinho). Logo a seguir, faz uma interpretação muito viva de um discurso de um presidente de câmara para depois terminarem musicalmente ao som das palmas do público. Mas houve ainda tempo para tocarem uma música bonita e calma e despedirem-se com um beijo enviado ao público. E para aplausos de pé. E para mais música ainda. Mas como dizia o diseur brincando, “o nosso tempo acabou” e era tempo de preparar o palco para o espectáculo seguinte.
Oskar & Strudel, outro regresso ao festival e outro regresso em grande. Strudel, o baixinho que estava sempre com um sorriso maroto e Oskar o palhaço alto que fica zangado com as partidas que Strudel faz. Desde início, têm uma boa interacção com o público, pedindo os bilhetes para picar e provocando as primeiras risadas. Logo a seguir, uma cena hilariante, de rir até às lágrimas com Strudel a tocar com a língua no cabo eléctrico da guitarra e com o seu ritual preparativo para tocar guitarra. Além de uns truques com o chapéu, a forma meticulosa como mediu o arregaçar das mangas do casaco com uma fita métrica fez impacientar Oskar e ao mesmo tempo divertir imenso o público. Fita métrica que usou mais tarde da mesma forma ridícula para medir outras distâncias. Alguns truques de malabarismo com três, quatro, cinco bolas e mais difícil ainda, segundo Oskar, com uma! Um número de magia com uma toalha que ao abacadabra do público se transforma em tetas de vaca com Oskar a ser ordenhado por Strudel. Uma cena com diablo em que Oskar dança com movimentos sexy antes de passar a usar dois diablos. Ou tentar já que Strudel em vez de o acompanhar devidamente, fez um excelente solo de bateria. Finalmente, e para acabar em beleza, algo que exige um elevado grau de sincronismo e que fez as delícias do público: a dupla a tocar ukulélé e a fazer malabarismo ao mesmo tempo, isto é um com cada mão a fazer as duas coisas! Sem dúvida, uma boa maneira de terminar a noite.
Os músicos começaram a tocar tambores e caixas fora do edifício, entrando na sala pela entrada do público surpreendido e ansioso por ver o que ouvia. O ritmo dos tambores não abrandou e no palco os artistas aplicaram-se nos seus instrumentos originais com o mesmo vigor empregado anteriormente nos tambores. Logo a seguir, o diseur José Rui Martins lê um texto cómico sobre um bode que chega a trabalhador do Ministério das Finanças. Texto esse bastante actual com referências à troika, a Isaltino Morais e a Alberto João Jardim, entre outros. Este espectáculo tem o nome de “A Côr da Língua”, mas claramente um texto assim é de “Soltar a Língua”, um espectáculo anterior do Trigo Limpo Teatro ACERT que também passou por Águeda, tal como tantas outras criações desta companhia.
Os momentos mais musicais alternavam-se com textos lidos (alguns a solo), tendo havido espaço para a flautista mostrar que cantava tão bem como tocava flauta, entre um texto divertido sobre pobres e ricos e outro engraçado sobre um padre que tinha metido água na vodka e não vodka na água como lhe tinha aconselhado o arcebispo. Pelo meio, uma canção cheia de swing com bons solos de percussão e contrabaixo (isto quando os alegres coros não cantavam). E um texto sobre bois e os seus sons derivados como o boi que passa a noite na “boiâte” a ser um “boiémio” e por isso quando chega a casa a vaca faz boicote. Perto do fim, José Rui Martins diz que é bom estar em casa (a lembrar toda a amizade entre associações) e enaltece esta “encubadora de projectos” (pelas cubas de vinho). Logo a seguir, faz uma interpretação muito viva de um discurso de um presidente de câmara para depois terminarem musicalmente ao som das palmas do público. Mas houve ainda tempo para tocarem uma música bonita e calma e despedirem-se com um beijo enviado ao público. E para aplausos de pé. E para mais música ainda. Mas como dizia o diseur brincando, “o nosso tempo acabou” e era tempo de preparar o palco para o espectáculo seguinte.
Oskar & Strudel, outro regresso ao festival e outro regresso em grande. Strudel, o baixinho que estava sempre com um sorriso maroto e Oskar o palhaço alto que fica zangado com as partidas que Strudel faz. Desde início, têm uma boa interacção com o público, pedindo os bilhetes para picar e provocando as primeiras risadas. Logo a seguir, uma cena hilariante, de rir até às lágrimas com Strudel a tocar com a língua no cabo eléctrico da guitarra e com o seu ritual preparativo para tocar guitarra. Além de uns truques com o chapéu, a forma meticulosa como mediu o arregaçar das mangas do casaco com uma fita métrica fez impacientar Oskar e ao mesmo tempo divertir imenso o público. Fita métrica que usou mais tarde da mesma forma ridícula para medir outras distâncias. Alguns truques de malabarismo com três, quatro, cinco bolas e mais difícil ainda, segundo Oskar, com uma! Um número de magia com uma toalha que ao abacadabra do público se transforma em tetas de vaca com Oskar a ser ordenhado por Strudel. Uma cena com diablo em que Oskar dança com movimentos sexy antes de passar a usar dois diablos. Ou tentar já que Strudel em vez de o acompanhar devidamente, fez um excelente solo de bateria. Finalmente, e para acabar em beleza, algo que exige um elevado grau de sincronismo e que fez as delícias do público: a dupla a tocar ukulélé e a fazer malabarismo ao mesmo tempo, isto é um com cada mão a fazer as duas coisas! Sem dúvida, uma boa maneira de terminar a noite.