Espectáculo de tributo nacional
pelo Coro dos Tribunais
ÁGUEDA- Auditório do CEFAS
sexta 3 Outubro 2003, 21:45

Adriano Correia de Oliveira será alvo de evocação em Águeda, na noite de 3 de Outubro. O palco do CEFAS será pequeno para tantos músicos e amigos: Paulo Sucena e Manuel Alegre desfiarão as histórias do trovador e vários músicos se associam ao tributo, num elenco ao nível do mérito da vida e obra de Adriano.

O tributo a Adriano Correia de Oliveira é um espectáculo de música e poesia com qual se pretende dar uma visão geral da vida e obra deste cantor e a sua importante influência no virar de página do panorama cultural português dos anos da revolução.
Em palco, a poesia e alguns quadros da vida do Adriano serão da responsabilidade do aguedense Paulo Sucena, amigo de sempre de Adriano Correia de Oliveira. Outro aguedense cuja vida se cruzou com a de Adriano foi Manuel Alegre, que estará também presente na noite do CEFAS.
A intervenção musical é feita pelos restantes elementos do "Coro dos Tribunais". O violinista Manuela Rocha (da Brigada Victor Jara), o cantautor açoriano Zeca Medeiros, o flautista Sérgio Mestre e ainda João Domingos, Gil Alves, Paulo Borges, Luís Simões, Rogério Pires e Manuel Portugal. Será evocado o percurso musical que vai dos tempos de Coimbra aos poemas de Manuel da Fonseca, passando pelos tradicionais portugueses e pelas canções musicadas por José Niza.
Paralelamente decorrerá uma exposição fotográfica sobre alguns momentos da vida de Adriano Correia de Oliveira.
O espectáculo está a ser levado a todo o país, numa justa homenagem nacional a Adriano Correia de Oliveira. Para além de Águeda, cuja apresentação ocorrerá no dia seguinte à estreia em Lisboa do tributo no actual formato, o Coro dos Tribunais passará ainda por localidades como Serpa, Mêda, Amadora, Sesimbra, Sabugal, entre muitas outras.
Este tributo do "Coro dos Tribunais" em Águeda tem o condão de ir lutando contra o apagar da memória de um dos melhores trovadores portugueses, tal como outras marcantes, manifestações que vão felizmente acontecendo: Adriano já fora recordado recentemente num encontro ocorrido em Macinhata do Vouga (Águeda) por ocasião dos 20 anos da sua morte, em Outubro de 2002. O tributo de 3 de Outubro será um impulso mais na luta contra o lento apagar dos vultos da nossa cultura da memória colectiva.