Mais de 100 alunos do Instituto Duarte Lemos conheceram a
associação por dentro, em cinco visitas guiadas por Adriano Santos.
associação por dentro, em cinco visitas guiadas por Adriano Santos.
Entre 26 e 28 de Março, a d’Orfeu abriu as portas a cinco turmas do 5º ano do Instituto Duarte Lemos com uma simples premissa: a de desvendar, brincando, a raiz de uma associação cultural que vive de e para a cultura.
Atravessavam o portão de um local desconhecido com a incerteza e fascínio que só os olhos de uma criança conseguem captar, e saíam dele como se de um refúgio usual se tratasse, após a descoberta de que a cultura não é um retalho de inacessível ocultismo, mas um pedaço de todos nós, para todos nós. No pátio, os pequenos faziam jogos onde libertavam tantas energias quanto aquelas que absorviam deste enclave cultural, passando entre eles uma bola invisível que os fazia sentir que estavam, de facto, num espaço onde o esforço e diversão coabitam em perfeita simbiose. De seguida, dirigiam-se ao alpendre onde viam projectada uma breve apresentação das variadas áreas onde a d’Orfeu actua, bem como as criações que propicia, de portas sempre abertas, a todos aqueles que queiram fazer da tradição a sua pedra de toque.
Quando já conheciam muito mais a fundo o que se fazia no seio de uma associação cultural, chegava o momento que mais evidente prazer lhes dava: a visita à sala onde o legado musical tradicional é transmitido a quem o quiser absorver. Após uma breve explicação da estrutura de uma música e da importância dos instrumentos na mesma, os meninos tinham a oportunidade de os experimentar. E era aí que o fascínio era notório, ao descobrirem a magia de um objecto com alma e uma história milenar, capaz de vibrar em frequências que emitem emoções e prazer, preenchendo o vazio auditivo com o mais belo estímulo que o ouvido humano pode captar: a música. Experimentando os instrumentos a solo, bem como numa trepidante fusão instrumental feita por todos os alunos em sintonia, a visita à sala da EMtrad’ estava concluída e era agora tempo de visitar a Teca, onde um enorme espólio cultural é cuidadosa e carinhosamente guardado. Aqui, ouviam algumas músicas de um álbum escolhido pelos seus professores, e descobriam que há muito mais (e melhor) música que aquela que é hipnoticamente repetida nos habituais meios de difusão.
Recebidos os diplomas de participação e feito o convite para um regresso próximo – como visitantes ou alunos da escola de música – deixavam a d’Orfeu, levando consigo um pouco da cultura que também lhes pertence.