Por nenhuma especial estratégia que não seja apresentar as melhores propostas em cada edição, esta 12ª é exclusivamente ibérica. De entre a fértil produção transdisciplinar de ambos os países se seleccionou o programa que aqui se apresenta. Em oito propostas tão distintas entre elas, o humor chegará de muitas formas, das mais intimistas às mais extravagantes. Mas mais que o humor, a tenda vai acolher inigualáveis espectáculos músico-teatrais, carimbo distintivo do Festival “O Gesto Orelhudo”. Este festival é uma iniciativa conjunta da d’Orfeu Associação Cultural e da Câmara Municipal de Águeda, parceria que faz de “O Gesto Orelhudo” uma marca de Águeda. Para todos. |
Quarta 2 Outubro
21h30 | Iberia, a Harmonia Impossível - Carlos Santiago (Galiza - Espanha)
Com uma 12ª edição exclusivamente luso-espanhola, O Gesto Orelhudo convidou um especialista... galego. Qual cicerone, o humorista Carlos Santiago dissertará sobre a musicomédia no espaço ibérico - implicações orelhudas e disfunções transfronteiriças - com base nos problemas de afinação política e espiritual próprios da velha Iberia. Auto-intitulado filósofo galaico da escola do materialismo pantomímico, Santiago apresentará o festival que o apresenta.
Carlos Santiago - interpretação
22h00 | Os Poetas - Rodrigo Leão / Gabriel Gomes
O projecto músico-teatral “Os Poetas” surgiu, nos anos noventa, de experiências musicais de Rodrigo Leão e Gabriel Gomes à volta de poemas ditos. Nesta contemporânea versão do espectáculo, a presença e a voz do actor Miguel Borges alia-se à projecção vídeo, numa das mais belas performances de fusão da música com a poesia concebidas em Portugal. Um regalo para os sentidos. Uma outra faceta do sublime espírito orelhudo, entre nós e as palavras.
Rodrigo Leão - sintetizador | Gabriel Gomes - acordeão | Miguel Borges – actor/diseur | Viviena Tupikova - violino | Sandra Martins - violoncelo
Quinta 3 Outubro
21h30 | MacBeth - Companhia do Chapitô
O inconfundível humor visual da Companhia do Chapitô regressa, anos depois e de forma muito aguardada, à tenda orelhuda. Nesta adaptação cómica da tragédia “MacBeth” de Shakespeare, os actores utilizam microfones, tripés, mesa de mistura e há som! Reconhecida pela escassez de recursos em palco, isto é uma perfeita novidade nas encenações de John Mowat. O que oculta um kilt, o microfone pode desvendar. Eis a Companhia do Chapitô em versão sonoro-teatral.
Jorge Cruz, Ricardo Peres, Tiago Viegas - actores
23h00 | Reportório Osório - d'Orfeu
Colecção de canções, aliando a magistral música de Luís Cardoso à escrita sagaz de Luís Fernandes. Um desfiar de histórias pessoais no masculino, quase sempre íntimas, do dilema ao dilúvio em poucas estrofes. O quotidiano das relações afectivas transformado em canções irónicas (para não lhes chamar heróicas), em que a teatralidade da interpretação só reforça o perfil de cada personagem. Estreia em casa da novíssima - e já premiada - criação d’Orfeu.
Luís Fernandes - voz e interpretação | Sónia Sobral - acordeão
Sexta 4 Outubro
21h45 | Tubos do Mundo - Bufa & Sons (Catalunha - Espanha)
Três experimentados músicos sobem ao palco orelhudo com um concerto tão divertido como didáctico. Um humor musical delicioso, acessível a todos os públicos e idades. A flauta, neste concerto singular, pode ser um tijolo, uma cadeira, uma baia das obras, uma muleta, uma mangueira ou uma vassoura. Quem diz estes, diz (ouve) outros. Bufa & Sons apresentam uma original proposta de excelente música com imaginação e criatividade. Ninguém indiferente.
Xavi Lozano - flautas e instrumentos insólitos | Guillem Aguilar - baixo e bandolim | Marc Vila - bateria e percussão
23h15 | Música Maravilhosa para Gente Maravilhosa - JP Simões e Manuel João Vieira
À voz e à guitarra, dois nomes conhecidos do grande público, cada qual com o seu registo, chegam a Águeda com o propósito de cantar música maravilhosa para gente orelhudamente maravilhosa. JP Simões e Manuel João Vieira, liricistas de língua afiada, fazem de cada canção uma crónica da nossa desengonçada portugalidade. Trocam canções como galhardetes, as deles próprios e as dos outros, para uma noite que se espera, também ela, maravilhosa.
JP Simões – voz e guitarra | Manuel João Vieira – voz e guitarra
Sábado 5 Outubro
21h45 | A Viagem do Elefante – o concerto teatral! - Trigo Limpo teatro ACERT (Portugal) / Luís Pastor (Espanha)
Vai agora aconchegar-se em palco, após digressão de estreia, o espectáculo de rua que a ACERT concebeu a partir da obra de José Saramago. As fascinantes canções escritas por Luis Pastor para A Viagem do Elefante ganham destaque nesta versão exclusiva, que canta e conta a viagem épica de um elefante chamado Salomão. Paquiderme mais orelhudo não há.
José Saramago – poemas | Luís Pastor - voz, autoria e direcção musical | Carlos Peninha – guitarras | Lourdes Guerra – voz | Luísa Vieira – flauta | Lydia Pinho – violoncelo | Miguel Cardoso – baixo | Rui Lúcio – bateria | António Rebelo, Hugo Gonzalez, Ilda Teixeira, João Silva, Pedro Sousa, Sandra Santos – actores | José Rui Martins, Pompeu José – adaptação e encenação
23h30 | A Charanga [17º OuTonalidades]
Projecto de música electrónica fortemente ligado às raízes da cultura tradicional portuguesa. Ao mesmo tempo que utiliza computadores, beatboxes, sintetizadores, ferramentas virtuais e influências musicais globalizadas, utiliza também o bombo, a gaita-de-Fole, o violino, a D. Ermelinda que canta a moda da ceifa, os adufes e as construções melódicas, harmónicas e rítmicas do cancioneiro de todo o país. Uma bomba orelhuda outonal para a noite de encerramento!
Rui Aires - voz, percussões, sintetizadores, computador de ritmos | André Neto - violino, maquinaria digital | João Cleto - gaita-de-fole, voz
PASSE ORELHUDO - 18€ (válido para todos os espectáculos do festival)
PREÇO POR NOITE - 6€
Descontos de 50% para:
- crianças até 12 anos
- portadores Cartão d'Orfeu
A bilheteira funciona no local, nas noites do festival, a partir de 45 minutos antes do primeiro espectáculo. O bilhete não garante lugar sentado.
Venda antecipada a partir de 16 de Setembro na secretaria do Espaço d'Orfeu (apenas Passe Orelhudo).
Todos os espectáculos M/6. Não se interditará, mas desaconselha-se a entrada a bebés e crianças pequenas. Nesses casos, solicita-se a melhor cooperação de pais ou acompanhantes para o bom decorrer dos espectáculos.